Taïa (Abdellah) - O Dia do Rei

Enquanto Omar, do bairro pobre de Salé, pode apenas sonhar com o monarca. Num estilo poético mas realista, onde a candura caminha com a perversidade, em O Dia do Rei, Abdellah Taïa fala-nos das profundas desigualdades sociais em Marrocos, dos tabus que ali persistem, mas também  da figura omnipresente e autoritária do rei e do papel das mulheres, e da sua condição na sociedade marroquina. (da badana).

Tradução de Diogo Paiva.

Revisão de Andreia Baleiras.

Capa e grafismo de Luis Henriques. 

Maldoror.

Setembro de 2025.  189 Págs. broch. Novo.


14.€



 

Hess (António) - Os Assassinos de Reis

 Na presente antologia, evocam-se alguns desses episódios - desde o lendário poeta árabe al-Mutanabbi, que nas primeiras décadas do século X liderou uma revolta contra o Califado Abássida, até Urike Meinhof, que nos anos 70 do século XX orquestrou uma série de ataques conta os «reis» do nosso tempo (grandes banqueiros, influentes industriais e capitalistas), passando Lorenzaccio de' Medici, Gravrilo Princip e, claro, os revolucionários franceses responsáveis pela morte de Louis XVI (designadamente, Maximi lien Robespierre e Louis Antoine de Saint-Just), selecionou-se um conjunto de figuras unidas por dois aspectos: o gesto magnicida (bem-sucedido nuns casos, falhado ou incompleto noutros) e a paixão pela literatura e pela poesia. Porque se é verdade que as relembramos mormente pelos actos homicidas que realizaram, há toda uma dimensão poética na sombra que importa por em evidência. (da introdução).

Apoio na tradução do Árabe de Kaoutar Chadli. Edição de Fernando Ramalho. Desenho de Nuno Azevedo.


Língua Morta.

Setembro de 2025. 275 Págs. broch. Novo.

15.€ 

Guin (Ursula K. Le) - Ela Tira-lhes os Nomes e Outros Contos

Demoremo-nos um pouco no texto "Ela Tira-lhes os Nomes", a propósito da exclusão do outro, mas também da questão do feminino e dos seus lugares: Lugares que são aceites, acatados, e também os já não aceites, reinventados e, juntemos um outro tema que lhe é caro, uma reflexão acerca do acto de nomear e categorizar..., Liliana Coutinho.

Posfácio de Ursula K. Le Guin. 

Tradução: Carlos Jacques, Liliana Coutinho, Mário Rui Pinto. Introdução: Liliana Coutinho. Capa: Manuel d'Almeida e Sousa. Desenhos: Idriss Jacques. Revisão: Ana Marques e Mário Rui Pinto. Paginação: Joana Pires.

Barricada de Livros.


Lisboa, 2025. 117 Págs. broch. Novo.

8.€ 

 

Pimenta (Alberto) - Os Entes e os Contraentes

Catacústica - tocaram à campainha. eu abri: contar a luz. era o contador de luz. faz favor disse eu. com licença disse o contador. faz favor disse eu e abri-lhe a porta do contador da luz. o contador da luz tirou do bolso a lanterna de bolso e carregou no botão. virou a lanterna para baixo para cima para baixo para cima para si. esta agora disse o contador. não funciona disse eu..., Alberto Pimenta.

Composição de Micaela Amaral. Capa desenhada por Maja Marek. Revisão gráfica de Rui Miguel Ribeiro e de texto de Lúcia Evangelista.

7 Nós.

Porto, 2025. 97 Págs. broch. Novo.

15.€


 

 

Pimenta (Alberto) - Corpos estranhos

Mormente - onofre dos santos chegou à janela da enfermaria e gritando: os mortos também têm direito à vida, atirou-se à rua. joaquim manso foi condenado por ter arrotado durante o içar da bandeira. alziro neves está preso ninguém sabe porquê. francisco ruas também, o qual ao saber do acto desesperado de onofre dos santos fez o sinal da cruz com a mão direita. enquanto com a esquerda coçava os hóspedes do corpo ou gaus..., Alberto Pimenta.

Composição de Micaela Amaral. Capa desenhada por Maja Marek. Revisão gráfica de Rui Miguel Ribeiro e do texto de Lúcia Evangelista.

7 Nós.

Porto, 2025. 108 Págs. broch. Novo.

15.€


 

Pimenta (Alberto) - Labirintodonte

A (des)propósito 

O primeiro livro da minha poesia, publicado há exactamente 40 anos, vivia então na Alemanha, não só abdica dos hábitos líricos portugueses - que até então eu tinha usado à minha maneira em textos publicados em jornais e inéditos - como se faz, pode dizer-se, a irrisão do meu lirismo anterior. Na Alemanha, as palavras na minha cabeça perderam a virgindade por todos os lados. Foi apenas isso, embora a perspicácia crítica de João Gaspar Simões tenha considerado que levara a O Labirintodonte estava patente  "nesse arsenal já cultivado pelos nossos poetas seiscentistas, discíplos de Gôngora e Quevedo, gongoristas e conceptistas", ainda que algo no livro lhe agradasse: "uma coisa nos agrada: o bom humor do poeta", ("Diário de Notícias", 22.Out.1970)., Alberto Pimenta.

Composição de Micaela Amaral. Capa desenhada por Maja Marek.  Revisão gráfica de Rui Miguel Ribeiro. Revisão de texto de Lucia Evangelista.

7 Nós.

Porto. 2025. 85 Págs. broch. Novo.

14.€


  

 

Les Soulévements de la terre - Primeiros Abalos

Os Soulèvements de la terre são uma tentativa de construir uma rede de lutas locais e, ao mesmo tempo, dar impulso a um movimento mais vasto de resistência e de redistribuição da terra. É o desejo de estabelecer um verdadeiro equilíbrio de forças com o objectivo de arrancar a terra à devastação da indústria e do mercado. (da contracapa).

Tradução: Pedro Cerejo.

Revisão: Pedro Morais.

Capa: Catarina Leal.

Tigre de Papel.

Lisboa, Setembro de 2025. 434 Págs. broch. Novo.

21,15.


€  

Leiria (Mário-Henrique) - Contos do Gin-Tonic

Prefácio: A. Cândido Franco.

A Bela e o Monstro. 2023. 199 Págs. broch. Fundos.

10.€


 

Malabou (Catherine) - Agarra Que É Ladrão ! Anarquismo e Filosofia


Para o efeito, exploro o conceito de anarquia na obra de seis grandes filósofos contemporâneos - Reiner Schümann, Emmanuel Levinas, Jacques Derrida, Michel Foucault, Giorgio Agamben e Jacques Rancière. Todos eles têm em comum o facto de terem atribuído ao anarquismo um valor simultaneamente ontológico, ético e político determinante, sem terem, todavia, conseguido empreender um verdadeiro pensamento do anarquismo. Por conseguinte, também não conseguiram destituir a lógica de governação - apesar de, contra o diktat dos modelos piramidais, terem adoptado a linguagem geográfica da superfície, das dobras e da derrota das saliências. Questiono aqui o falhanço anarquista dos conceitos filosóficos da anarquia, Catherine Malabou.

Tradução: Luís Lima.

Capa: Pedro Sousa Vieira.

Paginação e grafismo: Paulo da C. Domingos.

Barco Bêbado. 

Setembro de 2025. 314 Págs. broch. Novo.

25.€ 

 

 

Morris (William) - Do Belo, do Justo e do Verdadeiro (e do) Ódio à Civilização Moderna

Como disse o historiador E. P. Thompson, não tinha tempo para os bons selvagens, e menos para a panaceia da burocracia estatal. Na sua visão, nenhuma intervenção mecânica vinda de cima poderia engendrar a ética da comunidade:"O homem individual não pode transferir os problemas da vida para os ombros de uma abstração chamada estado". (da badana).

Selecção, tradução e notas : Júlio do Carmo Gomes. 

Revisão: Macabéa d'Oliveira.

Desenho original da capa: Salomé Marek Gomes.

Design: Ana Farias.

Cornuda Radiante.

Agosto de 2025. 179 Págs. broch. Novo.

14.€


 

Semprun (Jaime) - Diálogos sobre a culminação dos tempos modernos


«Como dizia um russo acerca do modelo estalinista de reescrever a história: nunca se sabe o que o passado nos reserva. Mas se o passado pode chegar a estar em falta, o futuro nunca deixará de nos alcançar. (...) confesso que a famosa afirmação segundo a qual a revolução não retira a sua poesia do passado mas do futuro, soa um tanto ao quanto lúgubre aos meus ouvidos quando penso no futuro que já nos prepararam. Desde há quase um século que se fabricam futuros em doses tão industriais que parece que nunca chegaremos ao fim, que sempre haverá algo mais, algo mais a ter que engolir... Meteram-no em toda a parte, em todas as esquinas há reservas de futuro, enfermidades de futuro, radioactividade cheia de futuro... É tanta a celeuma com o futuro que preocupar-se com presente soa de todo ilusório e fútil.» (da contracapa).

 Tradução e notas: Júlio do Carmo Reis.

 Revisão: Macabéa d'Oliveira.

Design: Ana Farias. 

 Cornuda Radiante.

Figueira da Foz. Março de 2025. 126 Págs. broch. Novo.

12.€ 

 

 

 

Pimenta (Alberto) - O Silêncio dos Poetas

precedido de Reflexões sobre a Função da Arte Literária, Liberdade e Aceitabilidade da Obra de Arte Literária e de A Dimensão Poética das Línguas.

Preparação do texto e paginação: Bernardo Guerreiro.

Revisão: Rui Miguel Ribeiro e Mariana Pinto dos Santos.

Design da capa e revisão gráfica: Rui M. Ribeiro.

Agosto de 2025. 266 Págs. broch. Novo.

18. €


 

Pappe (Ilan) - A Limpeza Étnica da Palestina

Mas para a história de 1948, naturalmente, não é complicada; este livro foi, pois, escrito para os recém-chegados ao campo e destina-se igualmente aos que, durante muitos anos e por várias razões, estiveram envolvidos na questão da Palestina e no modo de nos aproximarmos de uma solução. É a história simples, mas horrífica, da limpeza étnica da Palestina, de um crime contra a humanidade, que Israel pretendeu negar e levou o mundo a esquecer. Cabe-nos a nós arrancá-la do esquecimento, não como um acto, já muito tardio, de reconstrução historiográfica ou dever profissional; constitui antes, tal como a encaro, uma decisão moral, o primeiro passo que devemos dar, se quisermos que a reconciliação tenha uma oportunidade, e que a paz lance raízes, nos territórios devastados da Palestina e de Israel, Ilan Pappe.

 Tradução: Artur Mourão.

Edição e revisão: João Francisco Figueira e Vitor Silva.

KKYM | P.OR.K

347 Págs. broch. Novo.

20.€


 

Encyclopédie des Nuisances

Da Insânia nas Ciências, e nas Artes & nos Ofícios.

Precedida de Um Curto-Circuito de Amplo Espectro por Júlio Henriques.

Selecção, tradução e notas de Júlio Henriques.

Introdução e anexos de Miguel Amorós.

Capa de Michal Jankowski.

Paginação e grafismo de Paulo da Costa Domingos.

Barco Bêbado.

Agosto de 2024. 201 Págs. broch. Novo.

20,00 €.



Galindo (María) - Feminismo Bastardo

O feminismo não é um projecto de direitos para as mulheres, é um projecto de transformação social. (da contracapa).

Tradução: Fabiana Navia Miranda, Iyari Martínez, Laura Rozas e Mário Rui Pinto.

Revisão: Fabiana Navia Miranda e Mário Rui Pinto.

Capa e contracapa: Fabiana Navia Miranda.

Composição gráfica: Joana Pires.

Barricada dos Livros.

6/2025. 246 Págs. broch. Novo.

13. €


  

Livraria Utopia

A Utopia, volta a abrir a porta no horário: Terça a Sexta-feira - 15h. às 19h.

Didi-Huberman - Desejar Desobedecer

 Nesta obra, tratam-se levantamentos notáveis, como a rebelião francesa (os 8.528 levantamentos precursores da homónima revolução) as sublevações operárias (criticamente enquadradas por Marx e Kropotkine, Lénin e Bakunin), as revoltas das plebes (os «sem-cuecas» e a Comuna de Paris, os movimentos Occupy e da Praça Tahir no Cairo), a sedição dos escravos (Frederick Douglass, o Haiti de Toussaint Louverture, que A. Césaire e A. Breton saudaram), a insurgência dos povos indígenas (os zapatistas no México e os índios do Paraguai que Pierre Clastres estudou, recordam-se os Apaches e os Incas do Peru), os movimentos anti-coloniais, a resistência judaica no gueto de Varsóvia, a intifada e o muro com que Israel encarcera os palestinos, as lutas feministas, as insurreições situacionistas e alter-mundialistas. Considera-se o cinema de Serge Eisenstein e Jean Vigo, de Chris Marker, obras de Goya e uma ampla panóplia de panfletos e «borboletas». Eis um raro panorama da potência dos levantamentos que se contrapõe às formas históricas e contemporâneas do poder. Panorama essencial para a compreensão das relações profundas e dialécticas, entre a memoria e o desejo, subjacentes aos levantamentos, aqui interrogados nas suas dimensões políticas e estético-culturais. (da contracapa).


Tradução de Luís Lima e Jorge Leandro Rosa.

Edição, revisão e bibliografia de João Francisco Figueira e Vítor Silva.

Design e paginação de Pedro Nora. 

KKYM | P.OR.K

2025. 463 Págs. broch. Novo.

30.€