Dissidências e resistências homossexuais no século XX português


 Fernando Cascais (Org.)

«Ora, o apagamento ou a deliberada ignorância da história não é somente percebida como extorsão colectiva pelas comunidades queer, ela rebate-se sobre a negação da biografia individual e como tal é dramaticamente experienciada por cada um, sempre que a homossexualidade ou a transsexualidade são remetidas para longe de aqui e de agora, invariavelmente atribuídas a «gente estranha e remota» que nunca pode ser nossa familiar, o amigo, o vizinho, o colega, o profissional que nos atende, o visitante que recebemos. A presunção da heterossexualidade que assim se torna possível constitui uma forma de violência esmagadora, frequentemente reforçada pela muito comum exortação a que a pessoa queer se comporte como toda a gente, ou seja, que se obrigue a si mesma ao silêncio e à invisibilidade.»

 Edição Letra Livre. 2024. 439pp. 

16,00 €

Breton (André) - Manifestos do Surrealismo

O homem põe e dispõe. Só ele cabe pertencer-se todo inteiro, isto é, manter em estado anárquico a faixa cada vez mais temível dos seus desejos. A poesia ensina-lho, André Breton.

Tradução de Pedro Tamen.

Revisão: Andreia Baleiras.

Concepção gráfica: Pedro Motta.

Capa: Luís Henriques.

Edição: Livraria Letra Livre.

Lisboa. 2016. 358 Págs. broch. 

€ 16,00.

Livraria Utopia


 A Utopia encerra de 9 de Setembro e reabre a 10 de Outubro. 

 

 


Franco (António Cândido) - Sobre o Combate contra a Mudança Climática

Nunca a invisibilidade do poder foi tão absoluta como na era informática - vigiar tudo sem sequer ser pressentido - mas também nunca a vigilância foi tão longe, atingindo os mais recônditos recantos da nossa privacidade e interioridade. Mudar de vida, abandonar os modelos económicos de crescimento, superar as sociedades devoradoras de energia não precisa de ser pensado e planeado por tecnocientistas e executado por políticos de carreira. A mudança pode ser feita fora do capitalismo tecno-industrial, evitando as desigualdades mundiais e sociais gigantescas que a última etapa deste sistema trará consigo e evitando ainda o estrangulamento de qualquer resquício de liberdade individual. Sair do capitalismo industrial é uma necessidade imperiosa para poder alimentar a esperança de haver futuro na Terra.

Nova versão do texto publicado na revista A Ideia nº 100/103 (Outono de 2023).

Paginação e grafismo: Gonçalo Mota.

Verão de 2024. 64 Págs. broch. Novo.

2. €




Bravo (Pedro) - Cabeças Cortadas

Escrito mais de dez anos antes da eclosão da pandemia de covid-19 e da catástrofe sanitária e moral daí resultante, este ordenado conjunto de contos de Pedro Bravo manifesta perturbantes premonições do que passou a estar em curso no mundo: uma continuada repetição de desastres consubstanciais ao desenvolvimento. Mas, abarcando também épocas anteriores à nossa, Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária, é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemia  nem guerras substituem, embora as empiorem. Explorando um mundo de disfunções que se têm tornado estruturantes, releva-o nos meandros mais impensados  das relações sociais, quer se trate, por exemplo, de experiências médico-farmacêuticas com o corpo humano ou da necessária dependência mortal de drogas psicotrópicas. Cabeças Cortadas constrói-se sobre uma geometria visual de palavras e ideias não pacíficas de que decorre um paradoxal realismo semântico. Acoplamentos voluntários no ritmo dos contos revelam delírio negro, duplos sentidos e amiúde miríades de significados. Mas a poderosa e ágil estrutura da composição literária não deixa que desta miríade decorra confusão. O sentido devém acção. Sexual, sem nunca ser descritivo, vibrante de fúria e imaginação, Cabeças Cortadas - cuja personagem central é o corpo humano - deixa-nos o registo de que as nossas sociedades assentam numa violência grandemente oculta, Júlio Henriques.

Livro ilustrado com desenhos de Miguel Carneiro.

Revisão de Júlio Henriques.

Grafismo e paginação de Gonçalo Mota.

Livros Flauta de Luz.

Julho de 2022. 196 pp. broch.

PVP. 14 €.



Rilke (Rainer Maria) - Notas sobre a Melodia das Coisas


Tradução de posfácio de João Barrento.

Capa de José Francisco Azevedo.

Paginação de Pedro Santos.

Alambique.

2024. 37 Págs. broch. Novo.

10. €

Burgos (Carmen de) - A Flor da Praia

Tradução: Joana Morais Varela.

Revisão: Carina Correia.

Design: João Bicker.

VS.

Julho de 2024. 76 Págs. broch. Novo.

12. €



Castro (Ana Luís) - Anona

Vencedora da 2.ª edição do Prémio VS - Ernesto Sampaio, 2023.

 Revisão: Diogo Paiva, Maria Brás Ferreira.

Design: João Bicker.

VS.

Julho de 2024. 83 Págs. broch. Novo.

12. €



Carvalho (Tiago Mesquita) - Alice


Vagamundo.

Junho de 2014. 253 Págs. broch. Novo.

15. €

Mapa: Jornal de Informação Crítica

Solidariedade Sem Fronteiras. Ocupações, despejos, resistências. Sines, uma história de conflitos sócio-ambientais. A vida de outro modo. As cartas de Unabomber. Les Soulèvements de la Terre. Álbum americano, os maus e os bons imigrantes. In Memoriam. Votar é abdicar! Dos estrangeiros na revolução social do 25 de Abril. Varela Gomes, o franco-atirador. Vozes de dentro. Justiça transformativa não punitiva e feminista. Sonhos sismográficos alemães. Palestina. Livraria Tigre de Papel. O burrito em Coimbra. Disgraça, um espaço fundamental...


A. A. V. V.

 

Número 42. Julho-Setembro 2024. Trimestral / Ano XI. PVP. 2€.

 

Gato (Vasco) - Uma Só Carne com a Noite

Traduções e versões de Poesia.

Língua Morta | Flâneur.

Junho de 2024. 710 Págs. broch. Novo.

22,00 €



Marx (Karl) - Économie

Préface par François Perroux. Édition établie et annotée par Maximilien Rubel. 

Gallimard. Pléiade. 1977. Volume I, 1821 Págs. 1972. Volume II, 1970 Págs. Encadernação editorial dos volumes e com caixa de cartão. Língua francesa. Usado. 80. €




 

Soares (José Carlos) - Hesitação da Luz

Capa de Inês Dias.

Arranjo gráfico de Pedro Santos.

Averno.

Junho de 2024. 53 Págs. broch. Novo.

10. €



Internationale Situationniste 11

Número11 - Octubre 1967. Director: Debord. Paris. 

Comité de Rédation: Mustapha Khayati, J. V. Martin, Nicholson-Smith, Raul Vaneigem.

Le Point D'Explosion de L'Idéologie en Chine. Deux Guerre Locales, la guerre israélo-arabe. Nos Buts et Nos Méthodes Dans Le Scandale de Strasbourg. Les Situationntes et Les Nouvelles Formes D'Action Contre la Politique et L'Art. Comics Par Réalisation Directe. Avoir Pour But la Vérité Pratique. Contributions Servant a Rectifier L'Opinion du Públic Sur la Révolution Dans Les Pays Sous-Développés. La Séparation Achevée. Jugements Choisis, Avancés Récemment a Propos de L'I.S. La Pratique de La Théorie.

Internacionale situacioniste: N.º 7. 1962. 54 Págs. agrafado. com alguns sublinhados a tinta. 25. €. N.º 9. 1964. 48 Págs. agrafado, com alguns sublinhados, 25. €. N.º 11. 71 Págs., agrafado. Língua francesa. Usado, com alguns sublinhados a tinta. 25. €.



Pessoa (Fernando) - O Provincianismo Português e O Caso Mental Português

Nota do editor - Os textos O Provincianismo Português e O Caso Mental Português foram retirados do livro Textos de Crítica e de Intervenção, de Fernando Pessoa, publicado pela Ática, Lisboa, no ano de 1993.

Nova Ática. Lisboa. 2006.


16 Págs. agrafado. Usado.

10. €

Comité Invisível

A Insurreição Que Vem.

Aos Nossos Amigos.

Agora.

Se o capital, o império e o espectáculo conseguiram asfixiar a questão clássica do «que fazer», fizeram-no a custo de abrir uma outra, a de «como fazer». O contributo do Comité Invisível foi o de ter começado a esboçar-lhe uma resposta, um ex-membro das Edições Antipáticas.



Introdução: Um ex-membro das Edições Antipáticas.

Tradução: Edições Antipáticas.

Livraria Tigre de Papel.

Lisboa. Maio de 2024. 484 Págs. broch. Novo.

17,75 €

Staid (Andrea) - Uma Casa Viva: Reparar os espaços, aprender a construir

Precisamente porque vivemos num mundo que ecologicamente se encontra na margem do colapso, é urgente repensar o nosso habitar, fundido as práticas do passado pré-industrial com os progressos do presente. Acredito, portanto, que é fundamental reflectir sobre o espaço e arquitectura indígenas, porque podem oferecer-nos exemplos de formas diferentes de ver e interpretar o presente, para além de nos ajudarem a compreender o significado profundo do verbo "habitar". (da contracapa).



Tradução: Moreno Paulon.

Revisão: Mário Rui Pinto e Sílvia Jorge.

Capa e contracapa: Sílivia Jorge (a partir de fotografia de Andrea Staid).

Composição gráfica: Joana Pires.

Barricada de Livros.

Lisboa, 2024, 160 Págs. broch. Novo.

9. €