Nesta obra, tratam-se levantamentos notáveis, como a rebelião francesa (os 8.528 levantamentos precursores da homónima revolução) as sublevações operárias (criticamente enquadradas por Marx e Kropotkine, Lénin e Bakunin), as revoltas das plebes (os «sem-cuecas» e a Comuna de Paris, os movimentos Occupy e da Praça Tahir no Cairo), a sedição dos escravos (Frederick Douglass, o Haiti de Toussaint Louverture, que A. Césaire e A. Breton saudaram), a insurgência dos povos indígenas (os zapatistas no México e os índios do Paraguai que Pierre Clastres estudou, recordam-se os Apaches e os Incas do Peru), os movimentos anti-coloniais, a resistência judaica no gueto de Varsóvia, a intifada e o muro com que Israel encarcera os palestinos, as lutas feministas, as insurreições situacionistas e alter-mundialistas. Considera-se o cinema de Serge Eisenstein e Jean Vigo, de Chris Marker, obras de Goya e uma ampla panóplia de panfletos e «borboletas». Eis um raro panorama da potência dos levantamentos que se contrapõe às formas históricas e contemporâneas do poder. Panorama essencial para a compreensão das relações profundas e dialécticas, entre a memoria e o desejo, subjacentes aos levantamentos, aqui interrogados nas suas dimensões políticas e estético-culturais. (da contracapa).
Tradução de Luís Lima e Jorge Leandro Rosa.
Edição, revisão e bibliografia de João Francisco Figueira e Vítor Silva.
Design e paginação de Pedro Nora.
KKYM | P.OR.K
2025. 463 Págs. broch. Novo.
30.€