Eu sou corrupto | e sou este país | A imagem da democracia que cegou | a expansão da empresa | quando atinge o limite | e se volta para si própria | forçada a roubar quando já tudo tem dono | Vi o reverso da promessa de Whtitman | O imigrante - italiano das canções, irlandês das | boas intenções, alemães, gregos, haitianos, hispânicos, | de lâmina cintilante tornados gângsters, bifes célticos ou | italo-macarrónicos, guineenses, enrabados e pretos nesta | Grande terra. | Há animais com forma humana | em matilha como lobos | A águia nobre dilacera o pardal comum |As pessoas como insectos, vermes e montes de bactérias. | Como a ilha era hospitaleira, deixara-na em ruínas | Eu sou esse país, a América, | Vejo-te águia estirada presa no mapa | enxameada a rastejar com formigas, Rene Ricard.
Tradução de Luís Lima.
Introdução de Raymond Foye.
Fotografias de Rita Barros.
Paginação e grafismo de Paulo da Costa Domingos.
Barco Bêbado.
2023. 100 Págs. broch. Novo.
17. €
