Schiffrin (André) - O Negócio dos Livros

Como os grandes grupos económicos decidem o que lemos.
«O que aconteceu com o trabalho dos editores não é pior do que o que sucedeu com outras profissões liberais. Mas a mudança que ocorreu no meio editorial é de grande importância. É apenas nos livros que investigações e argumentações podem ser conduzidas de forma prolongada e em profundidade. Os livros têm sido tradicionalmente o único meio no qual duas pessoas, um autor e um editor, concordam em que há algo que precisa de ser dito, e por isso o partilham com o público por um pequeno montante de dinheiro. Os livros  distinguem-se nitidamente dos outros meios de comunicação social. Ao contrário das revistas, eles não dependem da publicidade. Ao contrário da televisão e do cinema, eles não precisam de ter uma audiência de massas. Os livros podem permitir-se ir contra a corrente, lançar novas ideias, desafiar o status quo na esperança de que, com o tempo, se atinja um público. A presente ameaça a estes livros e às ideias que contêm, a que costuma chamar-se o mercado de ideias, constitui um perigoso desenvolvimento não só para a edição profissional, mas para a sociedade como um todo.» (Da contracapa).

Intróito por Vitor Silva Tavares.

Tradução de Octávio Lemos e Rui Lopo.

Revisão de Andreia Baleiras.

Edição: Livraria Letra Livre.

Lisboa. 2013. 206 Págs. broch.
15,00 €.